Panico se renova sem mudar muito

Desafiado a reconquistar seu público, “Pânico” se renova sem mudar muito.
 
De todas as novidades anunciadas pelo programa da Band, a mais ousada e que implica em mais riscos, sem dúvida, é a contratação de Tiririca. O palhaço faz um tipo de humor associado a uma tradição popular que, nos últimos anos, foi objeto de paródia do próprio “Pânico”. A sua presença no programa, por isso, vai criar um “ruído” interessante.
O apresentador Emilio Surita avisou, assim que abriu atração, que nem todas as novidades prometidas seriam vistas na estreia. Em uma gravação, o palhaço apareceu brevemente, confirmando que estará no “Pânico” no futuro.
Outra surpresa foi a gravação de um quadro, “Igreja do Poderoso”, diante de uma grande plateia em um teatro de Paulínia (SP). A sátira a programas religiosos na TV, comandada por Eduardo Sterblitch.
O “Pânico”, em resumo, me pareceu bem-sucedido no desafio de se renovar sem perder as suas marcas principais. A questão a verificar é se isso basta para reavivar o interesse pelo programa. O risco existe, como mostrou Tiririca em uma mensagem exibida no final do programa: “Tô no ‘Pânico na Band’! Pior que tá não fica!”.

A saída de Wellington Muniz, o Ceará, mereceu uma resposta típica do “Pânico” – uma nova imitação de Silvio Santos, também feita por Carioca, no palco, ao vivo. “O outro Silvio foi embora?”, ele perguntou.
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