Vinícius Vieira estreia no Multishow

Vinícius Vieira estreia no Multishow

Vinícius Vieira ganhou destaque no rádio e na televisão graças às imitações que realiza de personalidades da TV e da música, entre elas, GluGlu.

Com passagens pela Rádio Jovem Pan, Rede TV! e Record, o ex-integrante do programa “Pânico” fala em entrevista exclusiva ao RD1 do humor politicamente correto, do processo movido por compositores ligados ao cantor Luan Santana por causa de uma paródia, da sua saída da Record e de seus relacionamentos com ex-integrantes do “Big Brother Brasil”.

O mais novo contratado do canal Multishow — o ator integra a equipe do “Multi Tom” — afirma que está solteiro.

Na atração comanda por Tom Cavalcante, Vieira imita Claudia Leite, Aécio Neves, Jean Wyllys, entre outros.

RD1: Na Record, você pediu demissão. O que mais pesou na decisão?
Vinícius Vieira: Eu estava muito feliz na Record. Não tenho do que reclamar. Nos quase seis anos que lá estive, fui muito bem cuidado. Aliás, me trataram como artista de verdade. Tiveram um respeito muito grande por mim. Só tenho agradecer a todos e, principalmente, ao Paulo Franco que, para mim, é um dos melhores diretores artísticos de TV. Ele foi o cara que me levou para lá junto com o Tom. Também devo ao Mafran [Dutra].

Eu ainda tinha contrato, mas depois que o Tom Cavalcante saiu, a Record não queria investir muito em humor. Eu estava ganhando sem fazer nada. Geladeira, eu não consigo conviver com isso. Sou um artista. Muita gente iria amar ganhar sem fazer nada [risos], mas eu não sou assim. Fiquei mal.

Estou aqui para cantar, interpretar, imitar, atuar, me divertir e divertir o público. Sou muito ativo, então não consigo ficar em casa parado e foi isso que pesou. Mas chegamos a um acordo.

RD1: Como surgiu o convite para integrar o novo programa do Tom?
Vinícius Vieira: O Tom, além de ser meu mestre, é um cara que tenho admiração e respeito. Também é um grande amigo. Sempre nos falamos. Foi quando ele me chamou para esse projeto. Eu fiquei muito feliz e me joguei!
 
Tom é um cara muito generoso, respeita meu trabalho, me dá espaço, liberdade para aparecer… Acho que, além do talento e estilo, ele também tem na história uma coisa muito semelhante ao Chico [Anysio]. Ele é um dos caras que mais dá emprego e chance aos humoristas na TV. Como o Chico fazia na Escolinha [do Professor Raimundo]. Fiz vários personagens no “Multi Tom”.

RD1: Os programas de humor estão passando por uma grande reformulação (“Zorra”). Em algum momento, os seus novos e antigos personagens terão semelhanças com o que temos hoje ou você pretende apostar na nostalgia/clássico do humor dos anos 90/2000?
Vinícius Vieira: Claro que tem semelhança. Sou um cara do agora, não vivo só de passado. Sempre vou ter meus clássicos, mas sou o cara que olha para realidade de hoje.

Sou ator e imitador. Fui e continuo sendo o primeiro a imitar muita gente da TV e da música. Muita coisa que fiz continua até hoje, sendo copiado e feito por outros humoristas. O Vesgo do “Pânico”, por exemplo, faz o GluGlu, que criei no começo do “Pânico” e continua rolando. Não fico bravo com isso! O Vesgo é meu amigo, como o Robson Bailarino, do “Legendários”, que também faz a imitação.

Explico ao público que isso é um trabalho de ator, depois que peguei e mostrei como se faz a voz e os trejeitos de uma pessoa, fica fácil você pegar pronto e imitar a minha imitação. Mas já fui muito roubado [risos]. Não ligo quando o público assiste e compara. Eles sabem ver o que é melhor.

RD1: E o politicamente correto? Piada com obesos, gays, mulheres… como fazer humor sem ofender?
Vinícius Vieira: Você precisa sentir se está ofendendo ou humilhando. Não precisa disso. Também não acho que tudo é bullying e isso é muito chato.

Sou de família muito simples, fui office-boy e vendedor de picolé, então, você acha que os meninos ‘riquinhos’ da minha escola não me zoavam? Minhas roupas e minha condição? Trabalho desde criança. Mas e daí? Sou um coitado? Uma vítima? Vai adiantar eu ir ao Geraldo [Geraldo Luís, da Record] contar minha verdadeira história de vida? Que passei por dificuldades? Não, eu sou igual a todo brasileiro. Todos os dias temos histórias assim e, na verdade, o bullying me fez crescer e reagir na vida. Tomar atitude.

Sempre será assim. Não acredito que isso acaba. Apenas você precisa tirar o melhor e seguir em frente. Não guardar mágoas e raiva, pois isso só faz mal para você. Siga em frente e Deus tem sempre o melhor para nós.

RD1: E o seu trabalho como cantor?
Vinícius Vieira: Está ótimo. Nunca parei de fazer aula de canto e aprender cada vez mais. Continuo cantando na noite de São Paulo, principalmente. Tenho um show fixo em um bar no Itaim Bibi [bairro da capital paulista] toda sexta-feira, onde recebo muitos amigos e convidados.

Canto com minha banda, com gente que convido e quem aparece lá [risos]. Música é uma coisa que amo. Desde criança. Trabalhei em rádio, então, cresci tocando músicas dos outros, sendo locutor e sonoplasta. Agora, estou com o “Imitashow”. É um musical e um show de teatro, onde canto imitando famosos da música, como Renato Russo, Cazuza, Tim Maia, entre outros. Estou realizando um sonho. Estou muito feliz. Recebi apoio da Rede Globo para esse show.
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Fonte: RD1